A Polícia Civil realizou uma operação nesta terça-feira (23) na zona rural de Presidente Bernardes (SP), cumprindo 23 mandados de busca e apreensão domiciliar, 12 medidas cautelares e três mandados de prisão preventivas, como parte da segunda fase da Operação Logro. Esta operação tem como foco a investigação do furto de máquinas retroescavadeiras ocorrido na mesma região em dezembro de 2021.
Durante a ação, foram emitidas 29 ordens de bloqueio de ativos financeiros de pessoas físicas e jurídicas, além de 25 ordens judiciais de sequestro de bens móveis e indisponibilidade de bens imóveis dos investigados. O valor dos bens sequestrados superou os R$ 2,5 milhões.
As diligências policiais abrangeram 10 cidades distribuídas pelos estados de São Paulo, Bahia, Minas Gerais e Paraná, incluindo Presidente Prudente (SP), São Paulo (SP), Guarulhos (SP), Mogi das Cruzes (SP), Atibaia (SP), Pouso Alegre (MG), Itaú de Minas (MG), Pratápolis (MG), Maringá (PR) e Alagoinhas (BA).
Segundo a Polícia Civil, a investigação identificou a participação de 15 indivíduos no furto das máquinas retroescavadeiras e tratores agrícolas, os quais já respondem como réus em ação penal.
O crime ocorreu em dezembro de 2021, quando um grupo especializado em furtos de máquinas de terraplanagem aplicou um golpe na zona rural de Presidente Bernardes, subtraindo duas máquinas retroescavadeiras, resultando em um prejuízo de aproximadamente R$ 400 mil.
Os criminosos, fingindo interesse na compra de uma propriedade rural, ludibriaram a proprietária e, antes mesmo do pagamento e registro da transferência da propriedade, alugaram as máquinas para trabalhos de terraplanagem e escavação de tanques para criação de peixes. Durante a noite, eles subtraíram as máquinas, utilizando notas fiscais falsas e contratando seguro para o transporte.
Na primeira fase da operação, realizada em fevereiro de 2022, foram cumpridos 11 mandados judiciais de busca e apreensão domiciliar em diversas cidades, incluindo Pouso Alegre e Alpinópolis (MG), Ferraz de Vasconcelos (SP), Guarulhos e Presidente Prudente.
A investigação revelou a existência de três núcleos na quadrilha: o ‘Núcleo Presidente Prudente’, responsável por simular a compra da propriedade rural e alugar as máquinas; o ‘Núcleo Minas Gerais’, encarregado do transporte e ocultação das máquinas furtadas; e o ‘Núcleo Grande São Paulo’, que criava empresas de fachada para emitir notas fiscais falsas.
Além do furto em Presidente Bernardes, a Polícia Civil identificou outros furtos de máquinas em diversas cidades, totalizando um prejuízo aproximado de R$ 2,280 milhões.
A Polícia Civil aconselha os proprietários de máquinas de terraplanagem a formalizarem contratos de locação e aumentarem a vigilância sobre seus bens, orientando-os a procurar a delegacia local em caso de suspeitas de atividades ilegais.
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